Juno Gallego Graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista - UNESP (1986), mestrado em Engenharia dos Materiais pela Universidade Federal de São Carlos (1994) e doutorado em Ciência e Engenharia dos Materiais pela Universidade Federal de São Carlos (2003). Pós-Doutorado na Universidade de São Paulo (2010-2011). Atualmente é Professor Adjunto do Departamento de Engenharia Mecânica da UNESP - Ilha Solteira. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, atua como consultor ad hoc em agências de fomento (CNPq, FAPESP e FACEPE) e como revisor em periódicos indexados. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais, com ênfase em Estrutura e Propriedades dos Metais e Ligas. Em pesquisa trabalha na caracterização microestrutural e mecânica de aços microligados e de revestimentos reforçados para aplicações tecnológicas.

 

PRECIPITAÇÃO DE CARBONITRETOS EM AÇOS MICROLIGADOS: CARACTERIZAÇÃO POR DIFRAÇÃO DE ELÉTRONS

Juno Gallego

Universidade Estadual Paulista - UNESP
Ilha Solteira – SP

Resumo
O endurecimento por precipitação de carbonitretos finos tem sido empregado para o incremento da resistência mecânica dos aços microligados laminados como tiras a quente. Os carbonitretos podem ser formados em diferentes etapas do processamento termomecânico. Precipitação induzida por deformação plástica pode nuclear carbonitretos na austenita, a transformação de fase austenita-ferrita pode gerar a precipitação interfásica ou a formação das partículas pode ocorrer na ferrita supersaturada sob resfriamento controlado durante o processamento industrial. Cada modo de precipitação apresenta diferentes efeitos sobre as propriedades mecânicas e pode ser observado por microscopia eletrônica de transmissão (MET), sendo a orientação cristalográfica entre os carbonitretos e a matriz ferrítica determinada por difração de elétrons. Quando os carbonitretos cúbicos de face centrada (CFC) nucleiam na ferrita cúbica de corpo centrado (CCC) deve-se observar a relação cristalográfica conhecida como Baker-Nutting, onde as faces entre as estruturas cúbicas são paralelas entre si e as arestas CFC dos carbonitretos estão alinhadas com as diagonais da face CCC da matriz ferrítica. A análise por difração de elétrons feita no MET é a técnica mais apropriada para determinar a origem dos carbonitretos, permitindo avaliar o potencial de endurecimento para cada tipo de precipitação. Nesta apresentação alguns aspectos do contraste de partículas observadas em lâminas finas e limitações práticas para a análise dos diferentes modos de precipitação de carbonitretos na ferrita usando o MET são apresentados e discutidos em profundidade.

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