<< Voltar

Ref.: 06-004

Aprimoramento da cadeia de produção de bioquerosene de aviação: maximização da mitigação de gases de efeito estufa

Apresentador: Henrique Baeninger Pescarini

Autores (Instituição): Pescarini, H.B.(Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais); Petrielli, G.P.(Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais); Guimarães, H.R.(Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais); Chagas, M.F.(Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais); Bressanin, J.M.(Universidade Estadual de Pernambuco); da Silva, C.(Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais); Simões, D.A.(Universidade Federal de Pernambuco); Bonomi, A.(Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais); de Morais, E.R.(Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais); Hernandes, T.A.(Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais);

Resumo:
Devido às dificuldades de diminuir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) no setor aeronáutico (“hard to abate”), o bioquerosene de aviação (SAF) vem sendo tratado como uma solução para a redução dessas emissões. Deste modo, é pertinente encontrar locais para a produção desse biocombustível que reduzam sua pegada de carbono. Assim, este trabalho visa o aprimoramento da cadeia produtiva desse biocombustível considerando a maximização da mitigação das emissões de GEE oriundas da sua produção e distribuição para suprir a demanda dos aeroportos de Guarulhos, Galeão e Juscelino Kubistchek. Avaliações georreferenciadas do ciclo de vida foram realizadas para estimar as emissões nas etapas agrícola, industrial e de distribuição. Um modelo de otimização foi desenvolvido para selecionar as unidades candidatas que mais mitigam as emissões de GEE e atendem a demanda por SAF. Considerou-se duas rotas tecnológicas, Acohol-to-Jet (ATJ), a partir de cana-de-açúcar e Gaseificação+Fischer-Tropsch (GFT) utilizando cana-de-açúcar ou eucalipto, em cenários com e sem biometano em substituição ao diesel na etapa agrícola. A produtividade da matéria-prima, alterações nos estoques de carbono devido à mudança direta no uso da terra (MUT) e a distância dos aeroportos foram os principais fatores para seleção das regiões produtoras de SAF. Os resultados mostram que quando o MUT não foi considerado, as usinas foram selecionadas próximas aos aeroportos, enquanto que, considerando o MUT, os locais produtores de SAF seguiram regiões de captura de carbono, localizadas principalmente no Mato Grosso do Sul. A rota GFT é a que mais mitiga as emissões de GEE.