Biomateriais cerâmicos no tratamento de câncer

 

Doutora em Ciência e Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de Santa Catarina com período de estágio no exterior realizado no Instituto de Cerámica y Vidrio (Madri - Espanha)(2016). Mestre em Ciência e Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de Santa Catarina (2013). Graduação em Tecnologia em Cerâmica pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (2010). Estágio pós-doutoral em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS, 2016-2019).

Atualmente é docente permanente do Programa de Pós Graduação da Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM) e docente dos cursos de Engenharias, Farmácia e Biomedicina na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Desenvolve pesquisas voltadas para biomateriais, materiais vítreos e vitrocerâmicos, processamento coloidal e síntese de nanoestruturas para diferentes aplicações. Lidera o grupo de pesquisa em biomateriais e materiais nanoestruturados. É editora executiva de área (Materiais) do periódico Tecnologia em Metalurgia, Materiais, e Mineração e editora associada da revista Cerâmica Industrial. É membro da Associação Brasileira de Cerâmica. Homenageada com o prêmio mulheres da Ciência pela assembléia legistativa do estado de Santa Catarina.

Sabrina Arcaro
UNESC

 

Resumo

O tratamento do câncer é um desafio global, com milhões de novos casos diagnosticados a cada ano e uma busca contínua por terapias mais eficazes e menos invasivas. Entre as inovações recentes, a hipertermia magnética se destaca como uma técnica promissora, contornando as limitações das abordagens convencionais. Nesse tipo de tratamento, nanopartículas superparamagnéticas são introduzidas no local afetado e, ao aplicar um campo magnético alternado, ocorre um aquecimento localizado de até 43ºC. Esse aquecimento é capaz de causar dano a células cancerosas, sem causar dano a células normais.

A pesquisa em hipertermia magnética com nanopartículas superparamagnéticas de magnetita tem relevância global, oferecendo terapias mais eficazes e menos invasivas para o câncer, além de direcionamento preciso às células cancerosas, preservação dos tecidos saudáveis e potencial para redução de efeitos colaterais. A ampliação do acesso a essa tecnologia além dos países desenvolvidos pode beneficiar milhares de pessoas em todo o mundo, destacando seu impacto positivo na saúde e bem-estar da sociedade. Aprimoramentos na obtenção e funcionalização das nanopartículas superparamagnéticas de magnetita, visando equilibrar estabilidade, magnetismo e minimização de toxicidade. Estratégias de funcionalização foram amplamente investigadas, resultando em avanços notáveis no comportamento superparamagnético e na eficácia terapêutica das nanopartículas. Sistemas nanopartículas-equipamento para geração de um campo magnético alternado foram desenvolvidos para promover a hipertermia magnética. Os resultados obtidos indicam uma melhoria significativa na aplicação da hipertermia magnética para destruição seletiva de células cancerosas, especialmente com a funcionalização otimizada das nanopartículas. Esse progresso representa um marco na busca por terapias mais direcionadas e menos invasivas no tratamento do câncer, contribuindo para avanços significativos na área médica e científica.

 

Palavras-chave: magnetita, funcionalização, estabilidade coloidal, hipertermia magnética.

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