Pseudoboemitas na liberação controlada de fármacos

Antonio Hortencio Munhoz Jr. é Doutor em Engenharia Química pela Universidade de São Paulo (1997). Durante o doutorado realizou pesquisa em síntese de zeólitas contendo nióbio, tendo realizado estágio na Michigan State University para caracterizar as zeólitas sintetizadas no Brasil. Atua como Professor Adjunto na Universidade Presbiteriana Mackenzie, tendo participado do processo de Reconhecimento/Recomendação pela CAPES do Mestrado Profissional em Engenharia de Materiais da U.P.Mackenzie em 2007 e do Programa de pós graduação em Engenharia de Materiais e nanotecnologia em 2015. Foi coordenador do Mestrado Profissional em Engenharia de Materiais 2007-2011 e coordenador do curso de Graduação em Engenharia de Materiais da U.P.Mackenzie de 2011-2017. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em materiais cerâmicos, atuando atualmente na síntese de pseudoboemita pelo processo sol-gel e sua utilização na liberação controlada de fármacos, obtenção de alumina ativada, adição de pseudoboemitas em argamassa, concreto, e nanocompósitos.

Antonio Hortêncio Munhoz Junior
Mackenzie

 

Resumo

Pseudoboemita é um oxihidróxido de alumínio sintético com estrutura símile à da boemita possuindo partículas de dimensões nanométricas. Estudos realizados evidenciam que a pseudoboemita é atóxica e trabalhos publicados demonstram o potencial desses materiais para a liberação controlada de fármacos. A produção de fármacos confinados ou adsorvidos em matrizes inorgânicas tem aumentado em áreas como ciência dos materiais e farmacêutica. Isso se deve à capacidade de produzir moléculas nanoencapsuladas ou nanoadsorvidas com propriedades inovadoras, como estabilidade química, melhoria da solubilidade e liberação controlada. Assim, a utilização de materiais nanoestruturados de alta performance para o desenvolvimento de medicamentos inteligentes é uma realidade. Nesse contexto, as nanopartículas desempenham um papel crucial na criação de sistemas de liberação controlada de fármacos para o tratamento humano e animal. As nanoestruturas, compostas por materiais como cerâmicas de alta área específica quando incorporadas a moléculas bioativas, representam um avanço significativo nas ciências farmacêuticas. Isso possibilita a produção de medicamentos mais eficazes e com menor toxicidade. A baixa biodisponibilidade de medicamentos com muita frequência pode resultar não apenas em custos mais altos para o paciente e tratamento ineficiente, mas também em riscos aumentados de toxicidade ou até mesmo morte.

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